31.3.06

65 jornalistas mortos em serviço em 2005

Durante o último ano, 65 jornalistas morreram em serviço, o que significa um decréscimo de 13 profissionais mortos em relação a 2004. Os dados são do relatório anual do Instituto Internacional de Imprensa, que sublinha que, apesar da diminuição das mortes de jornalistas em serviço, no ano de 2005 houve um aumento das tentativas dos governos de controlar a liberdade de imprensa, com legislação restritiva e detenções arbitrárias, incluindo violência física e intimidações.

Segundo o relatório da organização de defesa dos jornalistas e da liberdade de imprensa – que monitorizou 175 países – o Iraque continua a ser “o local mais mortífero no mundo para a profissão”. Naquele país morreram, em 2005, 23 jornalistas.

As Filipinas, onde se registaram, em 2005, nove mortes de jornalistas, são retratadas como o segundo local mais perigoso para os profissionais da Comunicação Social. Seguem-se o Bangladesh e o Haiti, onde morreram três jornalistas. Os restantes 27 casos mortais tiveram lugar em 18 países.

O director do Instituto Internacional de Imprensa, o austríaco Johan Fritz afirma, no início do documento, que a discussão lançada pela União Europeia sobre o papel dos media na radicalização do terrorismo revela “uma ruptura do equilíbrio entre segurança e liberdade de imprensa" que constituiu “o pano de fundo do debate político nascido da publicação controversa de caricaturas do profeta Maomé na Dinamarca”.
Outros Estados Ocidentais são alvo de crítica deste relatório: Os Estados Unidos, por terem levado jornalistas a tribunal, e a França, porque pressiona os profissionais a revelar as suas fontes.
O relatório é também crítico em relação à China, especialmente pelo facto de as autoridades de Pequim terem obrigado o Google a criar filtros na sua versão chinesa para permitir que este fosse aceite no país. Alvo das críticas do Instituto Internacional de Imprensa é igualmente o Nepal, país onde há mais jornalistas presos do que no conjunto dos restantes Estados mundiais.

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