27.3.09

“Dez anos depois, o que mudou?”

Mesa da sessão de abertura da II Convenção de Jornalistas

Paulo Machado


César Machado

A II Convenção de Jornalistas, dinamizada pelo Gabinete de Imprensa de Guimarães, começou esta manhã no Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães.

Na sessão de abertura, o presidente da entidade organizadora, Paulo Machado, afirmou que o evento procura debater as preocupações dos jornalistas no presente e perspectivar estratégias para o futuro, tendo em conta as constantes mutações dos meios tecnológicos.

A iniciativa vem do seguimento da I Convenção de Jornalistas, realizada há dez anos. Segundo o presidente do Gabinete de Imprensa, o encontro visa, justamente, responder à questão “Dez anos depois, o que mudou?”.

Para tentar dar resposta a esta pergunta, os painéis temáticos irão abordar assuntos como o ciberjornalismo, fontes de informação, jornalismo desportivo e imprensa local e regional.
Paulo Machado lembrou ainda João Mesquita, recentemente falecido.

A sessão inicial contou também com a presença do director do Gabinete para os Meios de Comunicação Social, Pedro Behran da Costa, em representação do ministro dos Assuntos Parlamentares, o do presidente do Sindicato de Jornalistas, Alfredo Maia, do vereador da Câmara Municipal de Guimarães César Machado.


Sindicato denuncia falta de perspectivas de emprego no Jornalismo



Alfredo Maia

O presidente do Sindicato dos Jornalistas alertou para o agravamento das condições de trabalho dos jornalistas, apontando como causas a “falta de perspectivas de emprego, o desemprego crónico e o abandono precoce da profissão”.

Alfredo Maia sustentou que Portugal não consegue absorver os licenciados que são lançados todos os anos no mercado de trabalho e que os que são acolhidos nos órgãos de comunicação entram num círculo de precariedade.

Estes problemas provocam, segundo o sindicalista, um novo fenómeno de competição inter-geracional, que “põe em causa valores como a solidariedade e camaradagem”.

O orador finalizou o seu discurso com uma mensagem mais positiva, ao afirmar que é possível criar um “círculo virtuoso”, se se apostar na imaginação e se alguns jornalistas lançarem os seus próprios projectos. Para ajudar os que querem enveredar por este caminho, o Sindicato de Jornalistas vai promover um curso de formação cooperativa.


UM vai desenvolver modelo para avaliar incentivo à leitura


Pedro Behran da Costa

O director do Gabinete para os Meios de Comunicação Social anunciou que a Universidade do Minho (UM) vai desenvolver um instrumento de avaliação da política pública de atribuição do inventivo à leitura (ex-porte pago).

Pedro Behran da Costa explicou que o estudo visa perceber se as políticas públicas relativas ao incentivo à leitura têm efeitos positivos nos seus destinatários, que são os leitores.

O trabalho pretende ajudar na tomada de decisões políticas acerca deste apoio, que implica um gasto anual de seis milhões de euros.


Texto Filipa Gomes e Flavie Paula
Fotos de João Filipe Santos

Continue a acompanhar a II Convenção no blogue do GI e no twitter.

Cobertura jornalística com o apoio do Grupo de Alunos de Comunicação Social da Universidade do Minho (GACSUM).

1 comentário:

Anónimo disse...

Gande evento! força aí GI!