A forma como os órgãos de informação e os jornalistas se têm adaptado à emergência das novas tecnologias da comunicação na área foi o principal tema em discussão no primeiro dia da II Convenção de Jornalistas, que hoje começou em Guimarães.
A primeira conferência, que juntou os jornalistas da RTP Carlos Daniel e Daniel Catalão, centrou-se na importância da informação televisiva, mas não escapou à importância da internet como forma de contacto com os espectadores, realçando-se a estratégia da televisão pública de levar para antena alguns dos conteúdos da internet, de modo a captar um outro tipo de públicos.
Miguel Carvalho, jornalista da Visão, destacou a importância da Grande Reportagem enquanto forma mais completa do jornalismo, mas alertou para as dificuldades que se colocam ao género, nomeadamente devido à contenção de custos dos meios de comunicação. Carvalho abordou também o desafio que a internet representa para os jornalistas, desafio esse que vê com alguma desconfiança, por poder colocar os jornalistas como meros produtores de conteúdos.
Durante a tarde do primeiro dia da Convenção realizaram-se as primeiras sessões de grupos de trabalho. Fernando Eurico (Antena 1) coordenou o grupo sobre desporto, enquanto o grupo de ciberjornalismo teve a colaboração de Manuel Molinos (JN).
A II Convenção de Jornalistas continua amanhã, sábado, com uma mesa redonda em que a internet e as novas tecnologias e as ferramentas de auto-edição voltam a estar em discussão. Luís Miguel Loureiro, Paulo Querido e Alexandre Gamela serão os oradores. Também de manhã, decorre a segunda sessão de grupos de trabalho, coordenados por Luísa Teresa Ribeiro e Pedro Antunes Pereira. A Convenção encerra com a apresentação do estudo “O Perfil Sociológico dos jornalistas portugueses”, coordenado por José Rebelo, ao qual se seguirá um debate sobre o tema.
Foto de Ana F. Monteiro
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